Em culto, Damares diz que Brasil tem crianças com dentes arrancados para sexo oral; MPF cobra explicações

Para a recém-eleita senadora, reeleição de Bolsonaro não 'é uma guerra política. É uma guerra espiritual'.

Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal do Pará (MPF) cobrou nesta segunda-feira (10) informações ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos sobre os supostos crimes sexuais cometidos contra crianças no Marajó, arquipélago do nordeste do estado. A denúncia, feita sem apresentar provas, foi dita pela ex-titular da pasta, a senadora eleita Damares Alves (PL).

“Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral. (…) Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, afirmou a parlamentar e pastora evangélica, sem apresentar as imagens citadas.

A denúncia de supostos crimes sexuais cometidos contra crianças no Marajó foi feita em discurso durante um culto na Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), neste último domingo (9).

Segundo Damares Alves, crianças do Marajó são traficadas para o exterior e são submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

O Ministério Público informou também que Damares Alves falou que explodiu o número de estupros de recém-nascidos e que no Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas.

Esclarecimentos
O ofício do MPF foi encaminhado à Tatiana Barbosa de Alvarenga, secretária executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos.

O pedido do MPF quer que a secretária executiva do Ministério da Mulher apresente informações sobre os supostos casos descobertos por Damares Alves, “indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis”.

O Ministério Público quer saber quais providências o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos tomou ao descobrir os casos e se houve denúncia ao Ministério Público ou à Polícia.

As informações são do g1