“A gente se amava muito”, diz esposa do empresário Marcos Marinho; mulher revela que não vai ‘tocar’ os negócios

No dia do crime, Dilmara recordou que a mãe de Marcos Marinho queria almoçar com ele.

Foto: Arquivo Pessoal

A jovem Dilmara de Santana Peixinho, 26 anos, esposa do empresário Marcos Edilho Pereira Marinho, assassinado com disparos de calibre 12, no último domingo (12), em restaurante na Avenida Fraga Maia, conversou com o repórter Ed Santos do Acorda Cidade e deu detalhes do seu relacionamento, e do dia da morte do marido.

Dilamara revelou que conheceu Marcos Marinho através do Instagram, em dezembro de 2020. Com um mês, passaram a morar juntos, e a cerca de 1 ano, casaram-se no cartório.

“Ele deixou o apartamento dele e veio morar comigo numa quitinete, na Lagoa Salgada. Ele era separado da esposa, mas não tinha finalizado ainda, e foi muito difícil no começo por causa da esposa, filhos, mas a nossa relação sempre foi muito intensa. Todo mundo que via a gente falava da gente, porque a gente se amava muito”, contou Dilmara.

Bastante emocionada, a viúva disse que eles alugaram a casa que moravam e arrumaram do jeito que queriam, mas hoje, ela pensa em sair do imóvel, pois tudo lembra o marido.

Dilmara contou que a ex-esposa de Marcos Marinho chegou a permitir que os filhos do ex-casal fossem visitá-los, e que eles saíam para se divertir com ela.

Foto: Arquivo Pessoal

No dia do crime, Dilmara recordou que a mãe de Marcos Marinho queria almoçar com ele. “Antes de sairmos, a mãe dele ligou e chamou ele para almoçar lá. Ele disse que não ia porque queria comer carne de porco, porque iria fazer tatuagem. Ele queria encher o braço de tatuagem”, disse.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Após almoçar, Dilmara disse que tirou uma foto do marido quando ele estava saindo do restaurante, foi quando os homens armados chegaram em uma picape de cor branca e executaram o empresário. “O carro parou, e eu só vi as portas abrirem e as pontas das armas. Veio na minha cabeça: é um assalto. Mas já foram atirando nele. Marcos caiu no chão e eles saíram”, detalhou, acrescentando que não viu o rosto dos atiradores porque eles estavam usando brucutu e os vidros do carro eram fumê.

Dilmara disse que trabalha com segurança eletrônica. Segundo ela, o marido era uma pessoa humilde e não ostentava nas redes sociais, apenas batalhava para conquistar os bens. Questionada sobre os negócios dele, Dilmara afirmou que não prentende se envolver, e explicou com o que ele trabalhava.

Foto: Reprodução/Instagram

“Não vou tocar os negócios dele. Marcos trabalhava com uma coisa muito específica, que na América Latina (que eu saiba) só ele fazia. Ele fazia processamento de dados jurídicos, ele dava uma reputação nova na internet, conseguia matérias positivas, removia matérias negativas que as pessoas não queriam com seus nomes, era uma coisa que só ele sabia fazer. Ele sempre postava isso no Instagram, a vida de Marcos sempre foi uma vida aberta”, contou ao Acorda Cidade.

Marcos postava muitas fotos no Instagram, que demonstravam o sucesso de seus negócios. Na rede social ele descrevia em seu perfil como CEO do Grupo Start Holding, uma empresa de consultoria de negócios, que prestava serviços de gerenciamento de reputação, marketing e remoção de conteúdos na internet, além de produção de press releases e atuação com engajamento orgânico. Em seu perfil social, ele tinha um milhão de seguidores. O perfil da empresa tem mais de 20 mil.

A Polícia Civil ainda não sabe quem são os autores e nem a motivação do assassinato. O caso continua sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.