Radialista Edilson Veloso critica mudança da Micareta para novembro de 2026: “Um verdadeiro tiro no pé”

Veloso também questionou a pesquisa encomendada pela Prefeitura ao Instituto Economic, que apontou maioria favorável à mudança.

Foto: Reprodução/Redes sociais

O anúncio da mudança da Micareta de Feira de Santana para novembro de 2026, comunicado pelo prefeito José Ronaldo nesta terça-feira (30), gerou forte reação do radialista e pesquisador de música Edilson Veloso. Ele criticou a decisão e classificou a alteração como um desrespeito à tradição da cidade, que sempre realizou a festa em abril.

Veloso também questionou a pesquisa encomendada pela Prefeitura ao Instituto Economic, que apontou maioria favorável à mudança. Durante a coletiva, na terça, o prefeito informou que a “pesquisa deu uma ampla maioria com 70% concordando com a mudança para novembro e 19% não concordando, e os outros números restantes não opinaram”. O radialista, no entanto, duvidou da veracidade desses números.

Em tom de crítica, Veloso ironizou ainda a opinião de um influenciador e empresário local, sem mencionar nomes. Para ele, a fala do profissional, que defende a mudança da data da festa, não merece crédito. “Um tal influenciador que se diz empreendedor e que nunca colocou um negócio para frente. Tudo o que ele bota, com um ano morre”, disse, afirmando que não se sente influenciado por ninguém.

Edilson Veloso destacou que não é contra quem busca seu sustento durante a Micareta, mas condenou a priorização de interesses pessoais em detrimento da tradição cultural. Em seguida, fez críticas diretas ao prefeito, insinuando que José Ronaldo estaria cedendo a pressões. “Eu tô começando a achar que o prefeito é um robô. Tá comendo pilha”, ironizou.

Veloso foi além e comparou a situação da cidade a um cemitério cheio de coveiros querendo sepultar a identidade cultural feirense. Para ele, retirar a festa de abril é um “furto contra a cultura” e um “verdadeiro tiro no pé”. O prefeito, por sua vez, afirmou que será promovida uma reunião com artistas, representantes culturais, produtores de eventos, sindicatos do comércio e da indústria, para definir o calendário de forma coletiva.